O ano de 2015 foi particularmente agitado no campo das viagens.
Além de dar uma bela volta do outro lado do mundo, em Singapura, Malásia, Tailândia, Hong Kong, Macau, Japão e Coréia do Sul, fiz um pit stop em Moscou e fiquei mais um mês explorando cidades menores da Inglaterra, como Woking e Guilford.
Também teve um ótimo momento no Brasil, com o paraíso perdido de Capitólio, e, fechando com chave de ouro, conheci a região de Araucânia, no Chile.
Primeiro fiz o básico trajeto São Paulo – Santiago e encontrei um Chile um pouco mais tumultuado do que costumava ver anos atrás, além de homens muito abusados e que precisam urgentemente da intervenção do projeto “Chega de Fiu Fiu”, pois é muito chato e assustador ser abordada por estranhos na rua. Outra “queixa” fica por conta do wifi sofrível em áreas públicas, assim como a dificuldade em conseguir um chip com dados para te auxiliar na hora de pedir um Uber ou conseguir dados mais precisos do Google Maps, por exemplo.
Tirando as dores de cabeça, vamos agora focar no que mais maravilhoso teve – e foram muitas coisas!
Em Santiago fiquei no bairro de Lastarria – boêmio, cultural e muito gostoso. Quando voltar para a cidade certamente me hospedarei por lá!
O hotel The Singular Santiago (minha hospedagem) tem decoração clássica, cozinha internacional, spa para não botar defeito e um bar nas alturas que casa perfeitamente com sua piscina e espreguiçadeiras com vista especialmente linda da Cordilheira dos Andes no pôr do Sol.
Por estar próximo ao metrô (estação Universidade Católica), optei pelo transporte público para chegar ao Terminal Alameda, onde pegaria o ônibus para Pucón. Aliás, o metrô em Santiago é muito limpo e organizado.
Como ir até Pucón?
Ok, de avião para Temuco + carro até Pucón não são nem duas horas, mas vocês sabem que entre voar e um método alternativo eu vou de segunda opção: ônibus.
Paguei, ida e volta em assento leito, menos de 200 reais pelo ticket da Turbus e achei as estradas para o sul do Chile muito boas, assim como a companhia de ônibus. Aliás, dá para comprar sua passagem online e aí só será necessário pegar o voucher na estação de embarque e estar lá 15 minutos antes do horário previsto para partida.
Dica: quer fazer a doida e encarar as doze horas de trajeto como eu? Leve um lanchinho, água e doces na mala, ou terá que comprar os exóticos lanches cheios de carne e abacate do meio do caminho.
Ao chegar em Pucón fui recebida pelo motorista do Hotel Vira Vira, minha casa pelos próximos três dias – e que casa!
O dono, Michael Paravicini, é um suíço que trabalhava no mercado financeiro e só há dois anos decidiu colocar o sonho de adolescência em prática ao abrir essa propriedade com apenas 20 quartos; sendo 14 no estilo vila, em 53 acres de pasto para vacas, pôneis e ovelhas, horta que se transformará nas frescas saladas que comemos ali e jacuzzis com aquecimento a lenha ao lado do rio Licura.
Gastronomia fresca:
Um ponto forte do Vira Vira é a comida absurdamente saudável!
Eles servem pratos ricos em leveza, produtos locais/free range e com muito sabor!
O iogurte natural é cremoso e aveludado e o queijo, apenas produzido para consumo dos hóspedes, leva coalho dinamarquês e nível de fabricação de dar inveja a muita produção premium.
O que mais gostei? Um creme brulee feito com cenoura, centro de doce de leite e cristais de açúcar – vou sonhar com ele!
A decoração também é impecável, com muita madeira, lã e pedras, trazendo características mapuche para os ambientes com muito conforto.
Além de comer bem, dormir bem e me esbaldar em banhos de imersão, também aproveitei muito os passeios promovidos pelo hotel – e inclusos na tarifa especial que eles têm (diária + refeições + excursões).
E você pode desde conhecer casa e teares mapuche, que explico o que é no vídeo a seguir, até subir um vulcão, aliás, escalar o mais famoso e ativo de todos: o Villarrica. Em março ele teve uma erupção de meia hora no meio da madrugada e deixou muita gente em pânico nas cidades vizinhas. Conheci outro também, o Lanín, mais alto e todo branquinho de neve.
Tem também passeio de bike, trekking e hiking por várias áreas do Parque Nacional Villarrica, termas e canoagem.
A cidade de Pucón em si parece uma vila de bonecas com suas casinhas de madeira de lenga. Na avenida principal você encontra uma infinidade de agências de turismo, mas através de conversas que tive por lá descobri que se sua vontade é fazer escalada e esportes radicais não hesite em contratar a Summit Chile. Eu não contratei, pois escalada pesada não é pra mim.
Também percebi que se você curte liberdade de horários é legal alugar um carro 4×4 para rodar a região, como parques, termas e até a própria cidade, que é super pequenininha e também dá para explorar a pé, se você gosta de caminhadas.
A volta para Santiago também foi com o ônibus da Turbus. Saí de Pucón 11 e meia da manhã e cheguei onze da noite no mesmo Terminal Alameda, em Santiago. Para ir até o hotel nessa hora da noite e sozinha eu peguei um táxi da fila oficial e com taxímetro ligado. Se você tiver 3G também pode chamar o Uber, ótima opção no país.
O que não perder no Chile:
– Vinho, vinho e mais vinho! Dessa vez foquei no sul do Chile e expedições por parques nacionais, mas não perca as excursões pelo Vale do Maipo, do ladinho de Santiago.
– Coma muita palta! Esse abacate pequenininho é uma delícia e acompanha lanches, como uma maionese.
– Mote com huesillos é a bebida nacional por lá tanto quanto o vinho, então experimente o suco com pêssego e suas bolinhas de trigo mote no fundo. É estranho visualmente, mas muito refrescante!
– Cerro Santa Lucía é aquele lugar para subir e tirar muitas fotos, fazer um lanche e relaxar. Você sai da loucura de Santiago mesmo estando no centro.
– Experimente o Centolla, caranguejo da Patagônia que é gigante e delicioso! O lugar mais turístico para apreciá-lo é no Mercado Central.
E não vai faltar o meu kit de beleza dessa viagem, né?
Mesmo percorrendo um destino de aventura não deu para deixar os produtos de beleza para trás, mas fiz uma seleção bem enxuta:
- Para não me preocupar com pasta de dente vazando na mala eu sempre opto pelas pastilhas da Lush que já falei muito bem em outro post.
- Também sempre levo comigo as miniaturas da Benefit. Dessa vez foram as de Cha Cha Tint, para dar uma corzinha nas bochechas e lábios, e a The Porefessional License to Blot, para tirar o brilho extra da zona T.
- Também levei o full size do Fine One One, também da Benefit, que serve para corar o rosto, mas tem um iluminador ótimo junto.
- Para deixar a pele do rosto homogenea e protegida contra raios UV eu fui de novidade da L’ Oréal Paris Solar Expertise Toque Seco FPS 50. Ele é sequinho, porém deixa um viço na pele, e com cobertura média. Não deu irritação na minha pele delicada, o que é um ótimo sinal! Fiz a aplicação do produto com o ótimo pincel da Bare Minerals que já falei sobre nessa outra matéria.
- Para o tratamento noturno nada melhor do que o Advanced Night Repair Synchronized da Estée Lauder, meu favorito de muitos anos. Ele deixa a pele renovada a cada manhã, te juro! E para a hidratação diária do rosto e pescoço usei durante a viagem a amostrinha do creme premium da Lush, Gorgeous Moisturizer. Sua fórmula foi feita para agradar ninguém menos que a Princesa Diana – eu adoro essa história.
- Para continuar minha saga de recuperação capilar eu usei a ampola Advance Techniques Profissional, da Avon. Nada melhor que essas ampolinhas para deixar o cabelo macio, mesmo quando a finalização é feita com aqueles secadores nada legais de quarto de hotel.
- E para deixar os fios no lugar na hora de fazer um rabo de cavalo, pois quando é momento de esporte o cabelo precisa ser prático, usei a pomadinha da Acquaflora.
- E para dar aquela vida para o olhar que investi no delineado feito com lápis marrom da Smashbox e a prática e poderosa máscara da Quem Disse, Berenice? Exagerada Pretô. Ela dá um volume ótimo, tem um pincel muito bom e sai com facilidade quando você precisa demaquilar (odeio máscara que você precisa esfregar um tijolo no olho para que ela desgrude).
– E para proteger os lábios dos ventos andinos que usei o refrescante e charmoso cubinho hidratante Lip Ice, da Mentholatum. Esse formato é muito bom para transportar!
Fotos: Paula Roschel.