A técnica de congelar a gordura para posteriormente eliminá-la, chamada de criolipólise, virou uma verdadeira febre no Brasil, para o bem e para o mal. E como eu já fiz o procedimento, resolvi contar para vocês como foi essa experiência e quais cuidados tomei antes e depois.
Fiz apenas uma sessão de Coolsculpting, máquina que em 2013 era a mais moderna e segura dentro das minhas pesquisas sobre criolipólise. A escolha do local também foi determinante para ter coragem de testar esse procedimento, pois quando o assunto é saúde eu não entrego na mão de amador, apenas médicos, ainda mais em um procedimento com chances de queimaduras, inflamações significantes e dor.
O teste foi em 2013, mas lembro que não houve preparação específica antes do procedimento, assim como pude sair de lá e voltar a trabalhar no mesmo instante, apenas com algumas dores no local da aplicação e um desconforto um pouco maior ao longo da semana.
Como foi a sessão?
Deitada numa poltrona, fui informada sobre o que aconteceria durante o procedimento e, na sequência, a médica colocou abaixo do meu umbigo – área tratada – uma folha gelatinosa que serviria de proteção para a pele, pois existe sim a possibilidade de queimadura.
A máquina então é colocada na área desejada e suga sua barriga de forma firme, como um aspirador, e começa a resfriar o tecido. O primeiro momento é mais dolorido, pois você sente puxar e também gelar, mas com o tempo eu deixei de sentir esse incomodo e fiquei assistindo televisão enquanto dava o tempo da sessão.
A única indicação do pós era passar um creme na área e não tomar anti-inflamatório, para deixar o corpo eliminar totalmente as gorduras que morreram durante a aplicação e, claro, não sair comendo coxinha, pastel e lasanha, pois de que adianta matar algumas gorduras e engordar em tantas outras áreas?
Mas a semana seguinte foi dolorida pra mim, pois a área ficou meio dura e inchada, e mesmo tomando analgésicos eu ainda sentia desconforto. Não é bem uma dor forte, mas incomoda por alguns dias. Depois de três semanas, prazo para começar a ver o resultado, eu voltei a fazer minha drenagem linfática semanal. A massagista ainda sentia a área um pouco rígida, mas acho que foi daí pra frente que eu comecei a notar a diferença da “pochete” que foi ficando menor.
Oficialmente, uma sessão de Coolsculpting reduz até 25% da gordura da área tratada. Eu achei que reduziu até mais do que isso, talvez por eu ter pisado no freio das comidas pesadas, e deu para manter com uma vida regrada, mas nada de excesso de dietas ou muitos exercícios.
Ouvi dizer que essa prática pode estimular acúmulo de gordura na área tratada, dando um efeito contrário ao longo do tempo. Bom, já se foram dois anos e meio e não senti nem a barriga aumentar (a não ser quando eu exagero na comida ou estou meio inchada) e nem a pele ficar flácida. Mas eu sou apenas um caso: cada corpo reage de uma forma, por isso que falo mais uma vez da importância de ir em uma clínica séria, pois isso será o diferencial para melhor.
Se eu fiquei roxa?
Apenas alguns hematomas bem leves, nada de absurdo.
Se eu recomendo?
Essa técnica é para ser feita em áreas de gordura localizada, como abdômen, flancos, parte interna da coxa, braços e parte superior/inferior das costas. Claro que indico que primeiro você tente queimar essa gordura praticando atividades físicas prazerosas (ou não tendo uma vida completamente sedentária) e comendo coisas saudáveis. Existem cremes que também vão acelerar esse processo.
Eu não me arrependo de ter feito, pois não é um procedimento invasivo, mas ainda prefiro tentar tudo “natural” e só em último caso pular para algo assim.
Resumindo: funcionou, mas eu tomei todo cuidado recomendado pelo médico.
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Fotos: Pixabay.