Segundo mecanismos de pesquisa online, a busca pelo termo “skincare” (traduzido: cuidados com a pele) teve um aumento significativo no Brasil desde o início do isolamento social. “Autocuidado” também ficou entre as palavras do universo do bem-estar em curva ascendente. Com isso, qual o futuro da beleza após a pandemia? Tais aumentos de interesse são indicativos de um novo cenário? Quais termos e desejos as apaixonadas por beleza vão abraçar daqui para frente?
O “novo normal” vai abalar o mercado de beleza?
Segundo a dermatologista Tábata Yamasaki, as pessoas estão dando mais importância aos cuidados que podem ter em casa. Passaram, por exemplo, a pesquisar mais sobre máscaras e cremes faciais.
No entanto, mesmo com esse crescimento, a médica sugere que haverá um consumo mais consciente e inteligente na área – mais perto da saúde do que dos pigmentos.
“As pessoas vão selecionar melhor os produtos, dando preferência para os multifuncionais, com benefícios individualizados e que entregam verdadeiramente o resultado esperado”, diz a dermatologista Tábata Yamasaki.
Ela explica ainda que a tendência será cada vez mais associar esses rituais a uma experiência de relaxamento. Por isso, a crescente procura por gadgets e dispositivos extras, como as pedras massageadoras e esponjas elétricas, para tornar o processo mais prazeroso. “Serão valorizados os pequenos atos de cuidados com a pele que refletem algo maior: o de cuidar de si mesma,” completa.
Preventivo
Ganharão mais adeptos também, ainda segundo a especialista, medidas preventivas, que suavizam os efeitos do tempo. “As pessoas estão se planejando mais e querem envelhecer com qualidade, buscando tratamentos que valorizam a prevenção. Por exemplo, procedimentos que estimulam a produção de colágeno a longo prazo, como os bioestimuladores de colágeno e o ultrassom microfocado, serão boas apostas.”
Para a esteticista Edy Guimarães, de São Paulo, a exaltação da singularidade e da beleza natural também são pontos importantes da onda mais “clean” da beleza: “Muitas mulheres querem assumir seus fios brancos, querem tratar da saúde da pele e não apenas aniquilar rugas. Nós, como profissionais da beleza, temos que respeitar e nos guiar por essa tendência. Além disso, indicar para as clientes um maior cuidado com a nutrição e o equilíbrio mental, que também afetam – e muito – pele, cabelo e unhas”, diz Edy.