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Malhar é o paraíso ou o inferno para certas pessoas. Eu confesso que não era muito fã de atividade física. O motivo? Uma preguiça que me ganhava. Só que certa vez assisti a um vídeo do Dr. Drauzio Varella sobre o tema e algo mudou. Nele, o médico fala que optou pela maratona como sua atividade favorita, digamos assim, porque ela o obrigava a se planejar.
Não dá para correr 42 km sem um treino prévio, né? Pelo menos não se você quer fazer isso pensando em seu bem-estar. Então ele venceu sua vontade de ficar parado, no conforto, para maratonar!
A partir daí percebi que a atividade física não é apenas algo optativo quando a gente pensa em saúde; mas obrigatório se você quer equilibrar o corpo e a mente.
Mudando a forma de pensar
Claro que a fala do Dr. foi importantíssima nessa minha virada de chave para começar a encarar positivamente os exercícios. Mas o que fez mesmo a mudança acontecer foi entender que quando eu andava bastante durante as minhas viagens eu tinha, naquelas noites posteriores aos tantos quilômetros rodados a pé, um sono melhor. Com isso, fui percebendo que gastar a minha energia me exercitando era bom também para a mente.
Ok, talvez você nem goste de maratona ou de caminhada. O negócio aqui é se movimentar. E isso pode ocorrer em atividades ao ar livre, pedaladas no bairro ou na academia, em uma sessão de musculação, no pilates, na natação, surf, futebol e assim por diante. Por exemplo, eventualmente vejo um grupo de senhoras jogando peteca na praça aqui ao lado de casa e vejo que é uma atividade física interessante para elas. É físico e social.
Rotina
Fazer atividade física é essencial para a saúde, assim como escovar o dente mantém a saúde oral ou tomar banho tem inúmeros benefícios para sua higiene. Como essas duas outras atividades, os exercícios precisam ser feitos de forma regrada, com uma agenda. Não adianta você passar um mês sedentário e resolver em um final de semana virar um triatleta. Isso vai te fazer ficar exausto e até te colocar em risco de lesões e outras questões de saúde.
Mas e aí, como começar a se exercitar e, mais do que isso, vencer a preguiça diária? Se você estiver a fim de vencer a ansiedade, o desânimo e o estresse, acho que temos um caminho.
É bem provável que você conviva com algum grau de estresse, ainda mais se vive em São Paulo ou outra grande cidade – que é cheia de trânsito e caos. Para driblar tantos sentimentos angustiantes, que tal calçar o tênis e colocar uma roupa confortável? Os benefícios para o cérebro, vindos das atividades físicas, compõem uma boa lista:
1 – Estresse
O primeiro e mais notório benefício da atividade física para o bem-estar mental é a redução de estresse. Segundo estudos científicos, além do exercício físico melhorar os músculos e o sistema cardiovascular, ele também ajuda a aliviar o estresse, reduzir a depressão e melhorar a função cognitiva.
Segundo uma pesquisa batizada como Stress in America, conduzida pela American Psychological Association, 53% dos adultos disseram que se sentem melhor após fazer exercícios. 35% disseram que a atividade física faz com que o humor melhore e 30% relataram diminuição do estresse após praticar algum exercício.
Essas impressões acontecem, entre tantos outros fatores, porque se manter ativo faz com que substâncias benéficas sejam liberadas em nosso corpo.
2 – Aos poucos
Exercícios, por exemplo, liberam endorfina, hormônio que está associado a sensação de felicidade e euforia. E não precisa ser uma maratonista para se sentir mais feliz! Se fizer uma caminhada ou pedalar 30 minutos por alguns dias da semana, em torno de três ou quatro, você já se sentirá mais animado!
Para as pessoas ansiosas ser ativo também é um alívio! Uma caminhada de 20 minutos pode acalmar a sensação de urgência sentido por pessoas com algum nível de ansiedade – inclusive as mais elevadas.
3 – Química
As atividades físicas também aumentam a concentração de noradrenalina, uma substância também conhecida como norepinefrina. Ela também consegue moderar a resposta do cérebro ao estresse.
4 – Depressão
Falando de depressão, exercícios também podem ser aliados contra essa doença que tem status de epidemia. Segundo um estudo conduzido pelo departamento de medicina familiar da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, quando associado aos tratamentos convencionais para diminuir ansiedade e depressão, as atividades físicas tem o poder de diminuir sintomas e ainda melhorar o bem-estar. Na contramão, o sedentarismo aparece associado ao desenvolvimento de transtornos psicológicos.
Ainda segundo o estudo americano, o exercício pode ser comparado aos medicamentos antidepressivos, como tratamento de primeira linha para depressão leve ou moderada.
5 – Memória
Para finalizar, sair de casa e se mexer com regularidade também é apontada por alguns estudos como uma das formas de prevenção contra doenças como o Alzheimer, já que o cérebro se mantém mais saudável frente a ação do tempo.
Agora é falar com o médico e entender se sua saúde está ok para começar atividades físicas regulares, encontrar o que mais gosta de fazer e começar! O corpo agradece e a mente também!
O Paulatinamente de hoje fica por aqui, mas fiquem ligados, porque vamos abordar muitos temas, entre o bem-estar e a saúde mental, por aqui! Até lá!
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