sexta-feira, novembro 22, 2024

Ilustrando sua parede

Uma das fases mais gostosas da vida é aquela de decorar a própria casa. Seja alugada ou sua, indo morar sozinha ou juntando os trapinhos. Eu passei por isso faz pouco tempo e posso falar com propriedade da alegria que dá encontrar um pires na cor certa ou aquela almofada fofinha. E a parede? Um caso de amor e arte, pois as “gallery wall” estão mais incríveis do que nunca!

O que seria? Você pega um monte de obras e faz uma exposição ao seu gosto num cantinho especial da casa. A minha ainda não está pronta por motivos de… não estou conseguindo bater prego na parede (rsrsrs), mas jajá descubro como fazer isso sem perfurar algum encanamento.

gallery-wall

E as obras? Você não precisa ser milionária para começar a comprar arte. Elas estão por toda parte nesse mundo virtual tão rico e cheio de envios de SEDEX, FEDEX, etc. Um bom exemplo é brincar na Etsy, “shopping” online com vendedores de todas as partes do mundo. Eu fiquei apaixonada, por exemplo, pelos desenhos da lojinha The Curious Printery:

flamingo-print

Mas aqui no Brasil também tem coisa boa e cheia de história. O querido Antonio Fabiano, dono da mais doce coluna dentro do site Petiscos, acaba de anunciar que colocou algumas ilustrações disponíveis para flerte e compra:

tonho

“Na verdade eu gosto de desenhar. Sempre gostei de desenhar, sempre desenhei mas nunca tinha feito o desenho pelo desenho pois o uso como instrumento para me organizar antes de qualquer coisa. Ele, para mim, era meio, nunca fim. Acho que sou um pré-homem, estou entre o macaco e o homem, que aprendeu a desenhar para se comunicar antes de falar (risos). Mesmo em organogramas, acabo fazendo esquemas gráficos, é assim que funciona e é assim que funciono… Quando comecei a escrever sempre achava que faltava isso, porque minha natureza é isso. E assim foi. Comecei a desenhar pelo desenho porque, no fundo, achava que ele comunicava mais rápido e de um jeito mais eficiente o que eu escrevia com milhares de palavras. E comecei a conhecer materiais, comecei a desenhar sem pensar em texto e quando vi, tinha todos esses desenhos. Que já não faziam mais parte de mim porque eles não tinham nenhum processo envolvido correlato e eram, enfim, autônomos… De vez em qdo eu postava um desenho ou outro e sempre me perguntavam quando eu os venderia. E agora está aí. Vi que ele pode ser fim e não só meio e estou adorando redescobrir o desenho para mim. Eles são quase testes, são desenhos-rascunhos, desenhos-poemas, desenhos que vão surgindo sem tanta certeza. Acabo respeitando a natureza da água da aquarela, dos borrados que não controlo e eles vão ganhando autonomia. São também pré desenhos do livro que estou ilustrando-escrevendo com a incrível Lele (@alesie do Te Dou Um Dado) e estou feliz de ver que eles vão continuar voando por aí…”

Fotos: Divulgação, Etsy e Pinterest.

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