segunda-feira, novembro 25, 2024

Burberry e o futuro da moda

Escuto, no mínimo, há uns cinco anos especialistas de mercado falando que as semanas de moda e os desfiles estão com dias contados, pelo menos da forma que conhecemos hoje em dia.

No começo dos anos 2000 falaram também  que os “fashion film”, vídeos curtos e conceituais mostrando as novas coleções, iam dominar esse cenário. Não rolou! Ok, eles têm sua importância, mas não mudaram muito a forma de apresentar a moda.

Recentemente, estilistas de marcas famosas começaram a dar sinais de desgaste, emocional e criativo, com tantas coleções que eles tinham que apresentar por ano: outono, inverno, primavera, verão, pre-fall, cruise, etc etc etc. Além disso, eles precisam ser celebridades nas redes sociais, bem como as modelos.

Tudo foi ficando muito rápido e intenso até que uma marca sinaliza, na prática, uma mudança: A Burberry.

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Essa marca inglesa que investe em novas mídias (foi uma das primeiras a se jogar no Snapchat com força) resolveu deixar o tempo passar mais lentamente ao anunciar que agora serão apenas duas apresentações anuais e mesclando coleção feminina e masculina.

Economia? Mais do que isso: estratégia!

A partir de setembro de 2016 acontece essa diminuição no número de apresentações e, venda da coleção apresentada simultaneamente no online e lojas físicas, diminuindo o espaço de tempo entre desfile e compra em si.

“As mudanças que estamos fazendo irão nos permitir construir uma conexão maior entre a experiência que criamos na passarela e o momento em que as pessoas podem fisicamente explorar as coleções. Nossos desfiles vêm evoluindo para diminuir esse intervalo há algum tempo. Com streams ao vivo, possibilidade de encomendas diretamente da passarela e campanhas em tempo real em mídias sociais, esse é o passo mais recente num processo criativo que irá continuar a evoluir,” conta Christopher Bailey, diretor criativo e executivo da marca.

Foto: Divulgação.

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