Eu me encantei com a Tailândia por vários motivos que listarei num próximo post (contarei minhas aventuras pelas ilhas, como Phi Phi e Maya Bay, e também o passeio por Bangkok), mas agora é hora de falar de algo não muito agradável sobre o destino: o abuso animal.
Os tailandeses têm uma relação estranha com os bichos: os nossos amigos do mundo animal acabam sendo uma das principais fontes de renda do turismo local e isso, infelizmente, reflete apenas em exploração e sofrimento.
Vou citar alguns exemplos:
– Para você visitar o mercado flutuante tailandês, que fica distante de Bangkok, você só encontra pacotes de turismo que incluem um passeio de elefante ou o tal templo dos tigres (falarei mais a seguir). E se não quero?
Tenho que fazer por conta e arriscando meu pescoço com táxis pouco amigáveis (também falarei sobre isso num outro post).
– O que seria o tal passeio com elefantes? Basicamente você monta nele, que está amarrado e não tem o seu marfim para tentar se defender e que é treinado para ficar manso sabe lá a custa do que (muitas vezes violência). Claro que não fiz o passeio, mas soube que os “treinadores” ainda tentam te vender brincos e colares feitos de… marfim! É pra querer ter um treco de raiva, né?
– O mercado de final de semana: Esse passeio parecia obrigatório, afinal, é o maior mercado de pulgas do mundo é o Chatuchak. Mudei de ideia ao chegar lá!
Mas o que existe ali dentro que me desagradou? Primeiro que existe uma área dedicada a briga de galo. Gente, vocês já viram isso? É a coisa mais assustadora! Os animais brigam até a morte enquanto um bando de marmanjo aposta. Boçal! Nesse mesmo mercado você encontra barracas que vendem filhotes de gatos e cachorros. Os animais estão em gaiolas e num calor absurdo. Se você tenta tirar foto, tem que pagar! Ou seja, flash na cara do filhote pode, mas pagando. Além disso, você também acha pequenos primatas, coelhos e esquilos vestindo gorros de lã (num calor de 35 graus) e vestidos, tudo para virar foto para turista (pagando também!). Dá pra gostar de um lugar desses? Não! Saí do mercado sem comprar um souvenir sequer e com uma raiva enorme!
– O tal show ping-pong: Os famosos shows eróticos de Bangkok exploram tanto mulheres (também falo disso em outro post) quanto animais, obrigados a participar dessa palhaçada!
– Peixes nas ilhas: Quando você faz o passeio de barco pelas ilhas, visitando Maya Bay, Bamboo Beach e Phi Phi Island, é comum encontrar tailandeses entupindo cardumes de pão, no meio do mar. Não alimente animal selvagem se você não conhece exatamente seus hábitos e é autorizado para isso.
– Os tigres: Esse é o tema mais controverso do post. Esse templo dos Tigres, oferecido junto com o passeio de elefante e mercado flutuante, é um local onde monges cuidam de tigres. Ok, parece lindo se você não colocar na balança que esses são animais selvagens que não querem ficar acorrentados e tirando foto com um monte de turista chato. Como eles ficam deitados e calmos depois de horas de “trabalho”? Boa pergunta, né?
Enfim, Tailândia virou uma decepção para mim, que defendo o direito animal. É impossível se sentir em paz fazendo um turismo como esse.
Se for pra lá, por favor, não faça nada disso! Não alimente esse crime.
#viajandocomestilo
Foto: Pixabay e Paula Roschel.