Eu fazia muita coisa nos cabelos: coloração, progressiva, hidratações, testes de produtos de A – Z, etc, etc, etc… Mas em setembro de 2013 eu me superei – para o mal! Meu cabelo originalmente é castanho médio (tom de coloração natural seria um 5.0 mais ou menos), ondulado, com volume médio e fios relativamente finos. Antes da progressiva existir, eu fazia relaxamento apenas na frente, para deixar a franja mais comportada. Depois que a descobri, comecei a fazer a Glamour, da Cadiveu e me dava bem, apesar de saber que esse tipo de química nunca é bom, não importa se falarem ao contrário. Mexeu na estrutura? Não é saudável. Mas de um ano pra cá eu decidi dar uma diminuída nesse coquetel tóxico, porém, pra facilitar minha vida durante uma viagem (não daria pra usar secador todo dia) eu decidi experimentar o Keratin Smooth, da Keune. Esse “alisamento” à base de Tioglicolato de Etanolamina foi promovido como uma ótima alternativa para progressivas com formol e como eu amo a marca entrei no bonde. Entrei e me lasquei! Meu cabelo queimou em duas áreas bem importantes: Franja e nuca. Não, não tinha coloração ali e nem outra progressiva! Por não ter sido em todo o cabelo, também não acho que foi exclusivamente o produto que detonou os fios, mas a aplicação. Passei por diversos especialistas e eles acham que na hora de passar a prancha – uma das etapas do processo – a temperatura desse aparelho ou o tempo de aplicação foi decisivo para tostar meu pobre cabelinho!
Agora me diz: alguns dias pra ir cobrir semanas de moda fora e eu com fios parecendo uma palha de aço! Parecia que os fios tinham encolhido. Não havia brilho, o toque era horrível e ele ficava em pé:
Primeira coisa que fiz: dei Google! Comecei a achar que havia rolado queima química e que o próximo passo seria a queda ou quebra. O que falavam? Só Vitamina T resolveria. Sabe o que é Vitamina T? Tesoura! Mas como eu cortaria a franja na raiz? Ia ficar um toco de cabelo! Sete dias pra viajar, o que eu faria pra amenizar? Tentei hidratar muito, inclusive com produtos da própria Keune, pois a marca é muito boa, mas nada dava certo! Foi aí que fiz o tratamento “em casa”, com as armas que tinha na mão e apostei no que sabia sobre meu próprio cabelo:
Usei óleos! Tanto a linha Elixir Ultime, da Kérastase, quanto o Matrix Biolage Sublime Oil – óleo renovador multiuso. Lavei o cabelo dia sim, dia não e usava a máscara como condicionador, deixando no cabelo uns cinco minutos antes de enxaguar. Também dormia com óleo no cabelo. Sabe o que acontecia na manhã seguinte? Os fios estavam sequinhos, sem parecer que havia óleo por ali. Imagina a desidratação do meu pobre cabelinho! Para disfarçar, usava topetinhos e trançava a minha franja dura embutida:
O que fiz devolveu 60% da vida do cabelo. Conforme os fios foram crescendo, tive que aparar as pontas. Nesse meio do caminho achei o Diamond Oil, da Redken. Ele é uma combinação de óleos, na real. Tem o de camelina, coentro, jojoba, coco e azeite natural, não contém silicone e é extremamente leve. Vem me ajudado diariamente e de forma muito mais prática, pois tem um conta gotas. Mas é claro que não estava satisfeita totalmente, afinal, o cabelo não estava 100 por cento saudável, alguns fios brancos apareceram pra fazer a lambança ficar ainda pior e eu não sabia ao certo como colorir sem detonar mais. Além disso, os fios começaram a enrolar na raiz, porém com pontas secas e lisas. E aí, o que fazer? No próximo post continuarei a saga da recuperação dos cabelos e vou falar sobre reposição de massa, diminuição do uso de produtos pesados e, até que enfim, fios saudáveis…
Fotos: Paula Roschel.